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Mitos e verdades sobre Doação e Transplante de Órgãos

  • Para ser um doador, não é necessário deixar nada por escrito em nenhum documento?
    Verdade. Para ser doador basta informar a família, pois serão eles que assinarão o documento autorizando a doação dos órgãos e tecidos (familiares de primeiro ou segundo grau - pai, filho, irmãos, avós, cônjuges).
  • A doação deixa o corpo deformado?
    Mito. Os órgãos e tecidos doados são removidos por cirurgia, deste modo a doação não desfigura o corpo.
  • A doação de órgãos beneficia muitas pessoas?
    Verdade. Um único doador de órgãos e tecidos pode beneficiar até 10 pessoas que aguardam por um transplante de órgão ou tecido.
  • Após a doação de órgãos o corpo precisa ser sepultado em caixão lacrado?
    Mito. O corpo pode ser velado ou cremado normalmente e não precisa de nenhum preparo especial a não ser que seja levado a lugares mais distantes, como outras cidades, estados ou países como já ocorre mesmo quando não há doação.
  • Quase todos os órgãos e tecidos do corpo podem ser doados?
    Verdade. Os órgãos e tecidos que podem ser doados são: coração, pulmão, fígado, rins, pâncreas, intestinos, pele (camada superficial), ossos, válvulas cardíacas e córneas.
  • A família do doador precisa arcar com os custos relacionados à doação?
    Mito. O doador ou sua família não tem custos nem ganho financeiro com a doação dos órgãos ou tecidos.
  • A grande maioria das religiões é favorável à doação?
    Verdade. Todas as religiões pregam os princípios de solidariedade que são as principais características do ato de doar. Até mesmo as religiões que são desfavoráveis à transfusão de sangue não interferem na decisão de doação de órgãos e tecidos.
  • Idosos ou pessoas que já tenham tido alguma doença não podem ser doadores?
    Mito. Todas as pessoas podem ser consideradas potenciais doadoras, independente da idade ou histórico médico. O que determinará a possibilidade de doação e quais os órgãos e tecidos que poderão ser retirados. Na ocasião da morte, a equipe médica fará uma avaliação do histórico médico e dos órgãos.
  • Quem tem maiores condições financeiras passa na frente na fila para receber um órgão?
    Mito. Todos os cidadãos brasileiros, independente da classe social ou condições financeiras, são selecionados por compatibilidade com o doador. O procedimento é feito por um programa de computador seguro que impede fraudes.
  • Quem recebe um órgão de uma pessoa passa a se comportar como o falecido?
    Mito. O órgão doado não leva consigo nenhuma característica estética ou emocional do doador. A pessoa que recebe um órgão terá apenas a melhoria da sua qualidade de vida.
  • É possível que um paciente em morte encefálica volte a viver?
    Mito. A morte encefálica é irreversível, sendo atestada por dois médicos diferentes, seguindo os critérios do Conselho Federal de Medicina, que tem a finalidade de comprovar a ausência de reflexos do tronco encefálico (cérebro), através da realização de dois exames clínicos e um teste gráfico. Somente nesta condição é possível a doação de múltiplos órgãos.
  • Idosos não podem doar seus órgãos por conta do avanço de idade.
    Mito. O que determina a possibilidade da doação dos órgãos e tecidos é a condição que estes se encontram. Hoje, muitos idosos podem apresentam melhor quadro de saúde do que pessoas mais jovens. A avaliação dos órgãos será feita pela equipe médica e encaminhada para a central de transplantes.
  • Os órgãos podem ser vendidos após a morte do meu familiar?
    Mito. A venda e a compra de órgãos são proibidas por lei no Brasil. A Lei Federal 9.434/97 estabelece, entre outras coisas, que comprar ou vender tecidos, órgãos ou partes do corpo humano (artigo 15) é ação passível de pena de “reclusão, de três a oito anos, e multa, de 200 a 360 dias-multa”, conforme trecho da lei. Após o consentimento da família, as Centrais de Transplantes das Secretarias Estaduais de Saúde fazem todo o controle do processo, da retirada dos órgãos até a indicação do receptor e o transporte aos locais onde será feito o transplante dos órgãos e/ou tecidos doados.
  • A morte encefálica pode ser confundida com a pessoa estar em coma.
    Mito. A declaração de morte encefálica é atestada por dois médicos diferentes, seguindo os critérios do Conselho Federal de Medicina. Um exame gráfico, como ultrassom com Doppler ou arteriografia e eletroencefalograma, é realizado para comprovar que o cérebro já não funciona. A pessoa que está em coma pode respirar sem a ajuda do ventilador, apresentando atividade cerebral e fluxo sanguíneo no cérebro. No caso da morte encefálica, o sangue que vem do corpo não consegue chegar no cérebro pois por alguma lesão ou agressão o caminho foi bloqueado fazendo com que o cérebro morra.
  • Se eu estiver internado, posso correr o risco de morrer para que ocorra a doação de órgãos.
    Mito. Quando você procura um hospital por causa de uma doença ou em busca de um diagnóstico, a prioridade da equipe médica é salvar sua vida, independente da sua condição de saúde. A doação de órgãos só ocorrerá após a sua morte mediante o aceite do familiar.

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